Em Veneza, os restos mortais de uma suposta vampira medieval foi encontrado em uma cova coletiva de 1576. O esqueleto está sendo considerado o primeiro exemplo conhecido de vampiro registrado em documento "oficial". [Trata-se de exagero. São bastante conhecidos os relatos confiáveis ─ do século XVIII, por exemplo ─ de sepultamentos e exumações de mortos suspeitos de vampirismo e que tiveram seus corpos submetidos a rituais de exterminação da "maldição do morto-vivo", como o corte e separação da cabeça, cremação, fixação do cadáver à terra por meio de uma estaca]. Peter Moore-Jansen da Wichita State University, Kansas, que encontrou esqueletos similares na Polônia, desdenha do alvoroço em torno do exemplar descoberto em Florença.
Matteo Borrini, da Universidade de Florença ─ Itália, durante a excavação de uma sepultura coletiva que continha vítimas da Peste medieval falecidas no Lazareto Nuevo Island [Veneza], encontrou os restos de uma mulher com um tijolo encaixado na boca. Na época da morte, corria entre o povo a crença, entre muitas outras crenças, de que a peste era espalhada por vampiros os quais, além de sugarem o sangue dos vivos ainda contaminavam as vítimas com doença. O tijolo na boca da mulher é uma prova arqueológica do exorcismo contra os vampiros na Europa Ocidental Renascentista. O tijolo, que substitui a estaca, muito usada no leste europeu e parece ter sido uma precaução improvisada, de última hora.
Em geral as estacas que funcionam com vampiros são de madeira, de prata ou ferro puro. A associação entre os vampiros e a peste deveu-se, possivelmente, à regurgitação de sangue e lacrimejamento dos doentes, um metabolismo que podia continuar, durante algum tempo nos cadáveres, assim como crescimento de unhas e cabelos, nas primeiras horas e até dias do post-mortem dando uma falsa aparência de vida mórbida.
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